Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/03/26/cidades,i=182066/PROFISSIONAIS+DA+ORQUESTRA+SINFONICA+DIZEM+QUE+NUNCA+SE+BENEFICIARAM+DAS+EMENDAS+DA+DEPUTADA+EURIDES+BRITO.shtml
Orquestra Sinfônica diz que nunca se beneficiou das emendas de Eurides Brito
Lilian Tahan
Nahima Maciel
Publicação: 26/03/2010 07:23 Atualização: 26/03/2010 08:32
A revelação do vínculo entre a distrital Eurides Brito (PMDB) e a Orquestra Sinfônica de Brasília provocou a reação da deputada e incitou também a manifestação dos instrumentistas. Só que em direções contrárias. Enquanto a deputada que responde a processo por quebra de decoro em função da Caixa de Pandora afirma ter destinado emendas orçamentárias para a “sobrevivência” da Sinfônica, profissionais que compõem a orquestra assinaram carta na qual relatam que nunca se beneficiaram dos recursos destinados à Associação de Amigos Pró-Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, para onde foram remetidos R$ 5,9 milhões referentes a emendas propostas por Eurides no total de R$ 10,5 milhões. Um dos encargos da entidade é pagar o salário de R$ 40 mil do genro da distrital, o maestro Ira Levin.
"As emendas orçamentárias que destino desde 2008 à manutenção e programação da Orquestra Sinfônica, o faço a pedido da Secretaria de Cultura para que a orquestra possa sobreviver", Eurides Brito, deputada distrital (PMDB)
Em nota de esclarecimento lida ontem no plenário da Câmara Legislativa, Eurides afirma que propôs as emendas a pedido da Secretaria de Cultura “uma vez que os recursos destinados são insuficientes para manter a programação de um bimestre”. Ela diz que a presença do maestro Ira Levin não teve a participação dela. Mas deveu-se a convite feito diretamente pelo secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, e pelo ex-governador José Roberto Arruda. “Ele é patrocinado pelo BRB (Banco de Brasília), não recebendo recursos das emendas parlamentares. As emendas orçamentárias que destino desde 2008 à manutenção e programação da Orquestra Sinfônica, o faço a pedido da Secretaria de Cultura para que a orquestra possa sobreviver”, disse Eurides, por meio de nota divulgada à imprensa.
O Correio teve acesso, no entanto, ao contrato que demonstra o vínculo entre o salário pago a Ira Levin e a Associação de Amigos Pró-Orquestra, cuja natureza de utilidade pública foi declarada por projeto de lei proposto por Eurides Brito — condição que facilita a dispensa de licitação. Uma das cláusulas do documento prevê como contrapartida no acordo celebrado com o GDF que a entidade se comprometa a pagar o salário do maestro. A própria associação, no entanto, garimpou um patrocínio do BRB para se livrar da obrigação contratual. A operação está formalmente prevista no contrato, mas é considerada suspeita e está sob investigação do Ministério Público do DF, que também apura a destinação de quase R$ 1 milhão para pagar a impressão de R$ 152 mil revistas com a programação da Orquestra.
Como mostrou reportagem publicada na edição de ontem do Correio, três pareceres elaborados pela Procuradoria-geral do Distrito Federal (Procad) em 2007, 2008 e 2009 orientaram que o vínculo entre o governo e a Associação de Amigos Pró-Orquestra deveria ser feito por meio de licitação, a menos que se apresentassem argumentos capazes de justificar a assinatura de convênio com a dispensa de concorrência pública. Apesar da suspeita de contrariedade legal, os convênios foram celebrados. Somente este ano, houve uma mudança na rotina da apresentação de emendas, que, para atender aos avisos do Ministério Público, passaram a ser em sua maior parte direcionadas diretamente à Secretaria de Cultura
Nunca recebemos qualquer recurso dessa associação (Amigos Pró-Orquestra Sinfônica). O único pagamento que temos é o nosso salário de servidores públicos estatutários do GDF”
Trecho da nota da Associação de Músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro
Movimentação desconhecida
A Associação de Músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (Amus-OSTNCS), que representa os músicos da orquestra, decidiu escrever uma carta para se posicionar em relação à denúncia de irregularidades no repasse de verbas de R$ 5,9 milhões para a Associação Pró-Amigos da instituição. Em nota assinada pelo violoncelista Afonso Galvão, primeiro secretário da Amus, a orquestra diz nunca ter participado das atividades da Pró-Amigos, criada em 2007 para receber doações e dotações orçamentárias provenientes de emendas parlamentares para a manutenção das atividades da sinfônica.
Na nota, os músicos declaram não ter conhecimento do dinheiro movimentado pela associação durante os últimos três anos. A Amus revela ainda desconhecer quem são os integrantes da Pró-Amigos. “Embora a Associação Amigos Pró-Orquestra leve nosso nome, nunca fomos convidados a participar, nem participamos de nenhuma reunião dessa associação e não conhecemos os seus diretores ou funcionários”, diz o texto, que garante ainda desconhecer o valor ou o destino do dinheiro repassado. “Não temos conhecimento sobre o dinheiro que essa Associação Pró-Amigos movimenta, bem como sobre a origem, destino e controle desses recursos.”
Órgão público
A orquestra sinfônica é um órgão público formado por 100 músicos concursados e regidos pela Lei nº 8.112/90, que regula o funcionalismo público. Foi fundada em 1980 pelo maestro e compositor Claudio Santoro. Os salários são pagos pelo Governo do Distrito Federal e variam entre R$ 4,5 mil e R$ 10 mil, média salarial compatível com o mercado. “Nunca recebemos, individual ou coletivamente, qualquer recurso dessa Associação. O único pagamento que temos é o nosso salário de servidores públicos estatutários do GDF”, destaca a nota enviada ao Correio pela Amus e escrita em conjunto na assembleia que reuniu os integrantes da orquestra na manhã de ontem.
A Associação de Amigos Pró-Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional, que recebeu os repasses das emendas da deputada Eurides Brito destinados à orquestra, está em processo de extinção desde o início do ano. A ideia é transformar a entidade em uma organização social. Guilherme Eduardo Quintas, que presidiu a associação durante entre 2007 e 2009, quando recebeu os repasses de Eurides, diz que foi cogitado para assumir a Diretoria Executiva da nova entidade, mas recusou. Quintas também faz questão de frisar que não é mais presidente da Pró-Orquestra. “Entrei como presidente da Associação no intuito de ajudar a cultura de Brasília, não tenho vinculações políticas nem com A nem com B. Faço alguns trabalhos sociais, ajudando entidades de crianças carentes e fui sondado por meus pares na associação para assumir a Diretoria Executiva da OS que está sendo criada e recusei”, garante. (NM)
» Posição oficial
O primeiro secretário da Associação dos Músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, Afonso Galvão, divulgou ontem uma nota com a posição oficial da entidade. Confira:
“Nós, músicos da OSTNCS, não temos nenhuma participação na Associação citada na reportagem.
» Embora a Associação Amigos Pró-Orquestra leve o nosso nome, nunca fomos convidados a participar, nem participamos de nenhuma reunião dessa Associação e não conhecemos os seus diretores ou funcionários.
» Nunca recebemos, individual ou coletivamente, qualquer recurso dessa Associação. O único pagamento que temos é o nosso salário de servidores públicos estatutários do GDF.
» Não tivemos, nem fomos convidados a ter qualquer participação na política cultural de música de clássica do GDF desde que o governo Arruda tomou posse, além daquilo que naturalmente é nosso dever: tocar nas apresentações da Orquestra.
» Não temos conhecimento sobre o dinheiro que essa Associação Pró-Amigos movimenta, bem como sobre a origem, destino e controle desses recursos. Isso, inclusive, não é nossa obrigação, já que fomos contratados para tocar e não para fiscalizar convênios do GDF.
» Consideramos, no entanto, gravíssimas as informações contidas na reportagem. Esperamos que os fatos citados sejam apurados pelas instâncias competentes e, em caso de confirmação, que os responsáveis sejam exemplarmente punidos.
» Esperamos também que não se puna a instituição brasiliense Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, que, há 30 anos, oferece música de qualidade à população de Brasília, por atos e/ou fatos que não são do escopo e da responsabilidade dos seus músicos.”
sábado, 27 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
Sob a batuta de Eurides, matéria do Correio Braziliense
Fonte: http://www.stj.myclipp.inf.br/default.asp?smenu=noticias&dtlh=107839&i ABA=Not%EDcias&exp=
Qui, 25 de Março de 2010.
07:14:00.
CORREIO BRAZILIENSE | POLÍTICA NO DF (34)
STJ | SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Sob a batuta de Eurides
CAIXA DE PANDORA
Deputada distrital destina R$ 10,5 milhões em emendas parlamentares à entidade que paga o salário de R$ 40 mil do seu genro
Lilian Tahan
A ingerência da distrital Eurides Brito (PMDB) ultrapassa a esfera política. Filmada guardando dinheiro entregue por Durval Barbosa na bolsa, motivo pelo qual é investigada por quebra de decoro parlamentar, Eurides tem forte influência na cena cultural de Brasília. Mais precisamente na Orquestra Sinfônica da capital. Nos últimos três anos (incluindo 2010), ela destinou R$ 10,5 milhões, em emendas parlamentares, uma espécie de orientação de gastos sugerida pelos deputados ao governo, para a manutenção do trabalho dos instrumentistas profissionais. Entre os quais, seu genro, maestro de renome internacional, Ira Levin.
Dos mais de R$ 10 milhões destinados por Eurides, R$ 5,9 milhões se confirmaram em pagamentos bancários endereçados à Orquestra Sinfônica. Cada distrital tem a oportunidade de indicar R$ 5 milhões por ano com emenda para até 40 projetos. Mas Eurides concentrou média anual de R$ 3,5 milhões para a manutenção da orquestra. O curioso é que antes de chegar ao seu destino final, os recursos fizeram escala na Associação de Amigos Pró-Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. Por ser considerada de utilidade pública, abre-se a brecha para que a entidade tenha condições de receber o dinheiro sem a necessidade de licitação, procedimento criado justamente para evitar direcionamento de verba pública. A autoria do projeto que confere essa qualidade à associação também é de Eurides Brito. Em 14 de maio de 2008, a distrital conseguiu a aprovação da Lei nº 4.145, que declara de utilidade pública à entidade. Entre as obrigações contratuais da associação está a de pagamento do salário de R$ 40 mil ao maestro Ira Levin.
Mesmo diante da natureza diferenciada da associação, três pareceres elaborados pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal em 2007, 2008 e 2009 orientaram que o vínculo entre a associação e a Orquestra Sinfônica deveria ser feito por meio de licitação, a menos que se apresentassem argumentos capazes de justificar a assinatura de convênio com a dispensa de concorrência pública. "A proposta apresentada nos autos poderia ser levada a efeito, todavia, há de se comprovar comunhão de ações voltadas para o alcance do objeto do convênio, do contrário, restaria configurada uma relação meramente contratual em que uma das partes presta o serviço e a outra processa a remuneração. E, nesse caso, o caminho apropriado seria o da licitação. Esses pareceres foram endossados pela própria assessoria jurídica-legislativa da Secretaria de Cultura, que orientou "cumprimento integral" dos documentos.
Material gráfico
Apesar da suspeita de contrariedade legal, os convênios foram celebrados. E desde novembro do ano passado são objeto de investigação do Ministério Público do Distrito Federal. A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) se debruça sobre o caso para conferir, por exemplo, despesas da associação com material gráfico. Em 2009, a intenção da entidade era a de gastar quase R$ 1 milhão para a impressão de 152,2 mil revistas com informações sobre os concertos da Orquestra Sinfônica. Todo o material foi rodado na gráfica Reigraf Editora e Gráfica, que também está sob a mira do MP.
Uma outra desconfiança da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social paira sobre o sistema de contrapartida estabelecido entre a associação e o GDF, que repassa o dinheiro das emendas propostas por Eurides. Uma das obrigações descritas no convênio firmado entre o poder público e a entidade é a de oferecer uma compensação para os repasses autorizados. Essa contrapartida é o pagamento do salário do maestro Ira Levin, conforme está registrado no contrato assinado pelo presidente da Associação de Amigos Pró-Orquestra, Guilherme Quintas. Mas, em vez de bancar o valor, a associação conseguiu patrocínio do Banco de Brasília (BRB) para custear os pagamentos ao maestro. No entendimento do MP, essa triangulação contém indícios de irregularidade, já que repassa ao banco ligado ao GDF o compromisso atribuído à entidade sem fins lucrativos.
Manutenção de atividades
A Associação de Amigos Pró-Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro foi criada em 2007 para receber os repasses de emendas e as doações destinadas às atividades da orquestra. Entre 2007 e 2009, recebeu R$ 5,9 milhões, dinheiro destinado a realizar concertos sinfônicos semanais, concertos didáticos e populares, todos dentro do quadro da temporada da orquestra. De acordo com a deputada Eurides Brito, autora das emendas que autorizam os repasses, o dinheiro era destinado aos pagamentos de maestros e solistas convidados e ao programa de apresentações didáticas para estudantes da rede pública, projeto no qual 20 mil alunos são levados ao Teatro Nacional para assistir a concertos matinais.
A atuação da associação, no entanto, é alvo de questionamento. Além do parecer contrário da Procuradoria do Distrito Federal sugerindo a inviabilidade de realização de convênios com a Pró-Amigos, o próprio secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, admite que já foi aconselhado pelo Ministério Público a deixar de lado a associação. "A associação surgiu na tentativa de criar uma entidade que pudesse receber patrocínios", explica Gorgulho. Em 2010, os repasses já não serão mais feitos por meio da Pró-Amigos e sim diretamente na secretaria, mas a prestação de contas de 2008 e 2009 está sendo investigada pelo MP.
Na orquestra, a dúvida é quanto ao destino dado às emendas de Eurides. Gorgulho alega que os R$ 5,9 milhões aprovados para 2008 e 2009 são pouco para manutenção das atividades da orquestra. Como é um órgão público, os salários dos músicos são pagos pelo GDF e não estão incluídos nesses repasses, que seriam dedicados exclusivamente à contratação de solistas e maestros convidados, pagamento de lanche e ônibus aos alunos dos Concertos Didáticos, impressão de material gráfico para as apresentações semanais da orquestra, renovação de repertório, concertos populares e pagamento de cachês de músicos. "Essa orquestra tem um custo muito maior. Começamos a fazer apresentação nas satélites, isso é custo. Quando você tem uma orquestra apenas para tocar na terça-feira, é uma coisa, mas quando você tem uma orquestra que participa mais da vida cultural das cidades, ela tem um custo", diz Gorgulho.
Repasses
Eurides defende que o valor é mínimo diante da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), cujo orçamento chega a R$ 43 milhões. No entanto, a orquestra paulistana não é um órgão público e o orçamento, também mantido com repasses do governo estadual, inclui pagamento dos músicos, manutenção de uma academia de aperfeiçoamento profissional, entre outros.
A Pró-Amigos também é responsável pelo pagamento do salário do maestro, que, segundo Gorgulho, não passaria de R$ 25 mil. Esse valor estaria incluído nas contas da associação como uma contrapartida de patrocínio para o convênio firmado pela Pró-Amigos com o BRB, cujo logotipo aparece estampado nos banners que ornamentam o palco nos concertos semanais. "A associação obteve patrocínio para o maestro através do BRB, tal como ocorre com outras orquestras. O patrocínio foi aprovado em todas as instâncias do banco, que exige relatórios mensais documentando todas as atividades para reavaliação do retorno social", diz Guilherme Eduardo Quintas, presidente da Pró-Amigos de 2007 a 2009.
Ira Levin, genro de Eurides Brito, assumiu a regência da orquestra em janeiro de 2007. Maestro experiente com passagem pela Ópera de Frankfurt e de Bremen, nascido em Chicago (EUA), Levin já foi regente da Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo. "O maestro é profissional internacional e casou-se em Nova York com a minha filha. A vinda dele para Brasília se deu a convite do então governador Arruda, que tem um filho que estuda música nos Estados Unidos e assistia muito aos concerto de Ira Levin no Teatro Municipal", diz Eurides, em nota enviada ao Correio. "As intrigas, invejas, ciúmes existem em todos os meios e sempre crescem quando há trocas de governos. Então estamos em momento propício para tal."
O secretário de Cultura lembra que houve um impasse na escolha do maestro durante a troca de governo em 2007. Gorgulho sugerira o maestro Júlio Medaglia, mas um compromisso político impediu a nomeação. "O Arruda me falou 'tenho um compromisso com a Eurides, conheço o genro dela, ele está vindo para Brasília e é um maestro de primeira grandeza e gostaria que fosse ele'", diz o secretário. "Não tem cargo de maestro. Quando ele veio pra cá, criei um cargo de assessor para assuntos artísticos, que era de R$ 5 mil. Ele nem tomou posse porque ainda não tinha visto. Ficou dois, três meses sem receber e encontramos a forma do BRB." O maestro Ira Levin não quis se pronunciar sobre o assunto. (LT)
A "deputada da bolsa"
A distrital Eurides Brito (PMDB) foi um dos três deputados que mais se desgastaram com a Operação Caixa de Pandora. Ela aparece em vídeo gravado pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa guardando dinheiro de origem suspeita em sua bolsa, o que lhe rendeu a pecha de a "deputada da bolsa". Ao se reunir com Durval com o objetivo de apanhar o dinheiro, Eurides tomou o cuidado de trancar a porta da sala onde o ex-secretário costumava distribuir as notas reunidas em maços. Em função do flagrante e da citação no Inquérito nº 650, que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eurides responde a um processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara. Diferentemente dos outros dois distritais — Júnior Brunelli e Leonardo Prudente —, que também são filmados recebendo dinheiro, Eurides não renunciou ao mandato. Diz que vai enfrentar o processo até o fim e em entrevistas recentes tem afirmado que o dinheiro teria sido enviado por Joaquim Roriz para ajudá-la a quitar dívidas de campanha. (LT)
Qui, 25 de Março de 2010.
07:14:00.
CORREIO BRAZILIENSE | POLÍTICA NO DF (34)
STJ | SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Sob a batuta de Eurides
CAIXA DE PANDORA
Deputada distrital destina R$ 10,5 milhões em emendas parlamentares à entidade que paga o salário de R$ 40 mil do seu genro
Lilian Tahan
A ingerência da distrital Eurides Brito (PMDB) ultrapassa a esfera política. Filmada guardando dinheiro entregue por Durval Barbosa na bolsa, motivo pelo qual é investigada por quebra de decoro parlamentar, Eurides tem forte influência na cena cultural de Brasília. Mais precisamente na Orquestra Sinfônica da capital. Nos últimos três anos (incluindo 2010), ela destinou R$ 10,5 milhões, em emendas parlamentares, uma espécie de orientação de gastos sugerida pelos deputados ao governo, para a manutenção do trabalho dos instrumentistas profissionais. Entre os quais, seu genro, maestro de renome internacional, Ira Levin.
Dos mais de R$ 10 milhões destinados por Eurides, R$ 5,9 milhões se confirmaram em pagamentos bancários endereçados à Orquestra Sinfônica. Cada distrital tem a oportunidade de indicar R$ 5 milhões por ano com emenda para até 40 projetos. Mas Eurides concentrou média anual de R$ 3,5 milhões para a manutenção da orquestra. O curioso é que antes de chegar ao seu destino final, os recursos fizeram escala na Associação de Amigos Pró-Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro. Por ser considerada de utilidade pública, abre-se a brecha para que a entidade tenha condições de receber o dinheiro sem a necessidade de licitação, procedimento criado justamente para evitar direcionamento de verba pública. A autoria do projeto que confere essa qualidade à associação também é de Eurides Brito. Em 14 de maio de 2008, a distrital conseguiu a aprovação da Lei nº 4.145, que declara de utilidade pública à entidade. Entre as obrigações contratuais da associação está a de pagamento do salário de R$ 40 mil ao maestro Ira Levin.
Mesmo diante da natureza diferenciada da associação, três pareceres elaborados pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal em 2007, 2008 e 2009 orientaram que o vínculo entre a associação e a Orquestra Sinfônica deveria ser feito por meio de licitação, a menos que se apresentassem argumentos capazes de justificar a assinatura de convênio com a dispensa de concorrência pública. "A proposta apresentada nos autos poderia ser levada a efeito, todavia, há de se comprovar comunhão de ações voltadas para o alcance do objeto do convênio, do contrário, restaria configurada uma relação meramente contratual em que uma das partes presta o serviço e a outra processa a remuneração. E, nesse caso, o caminho apropriado seria o da licitação. Esses pareceres foram endossados pela própria assessoria jurídica-legislativa da Secretaria de Cultura, que orientou "cumprimento integral" dos documentos.
Material gráfico
Apesar da suspeita de contrariedade legal, os convênios foram celebrados. E desde novembro do ano passado são objeto de investigação do Ministério Público do Distrito Federal. A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) se debruça sobre o caso para conferir, por exemplo, despesas da associação com material gráfico. Em 2009, a intenção da entidade era a de gastar quase R$ 1 milhão para a impressão de 152,2 mil revistas com informações sobre os concertos da Orquestra Sinfônica. Todo o material foi rodado na gráfica Reigraf Editora e Gráfica, que também está sob a mira do MP.
Uma outra desconfiança da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social paira sobre o sistema de contrapartida estabelecido entre a associação e o GDF, que repassa o dinheiro das emendas propostas por Eurides. Uma das obrigações descritas no convênio firmado entre o poder público e a entidade é a de oferecer uma compensação para os repasses autorizados. Essa contrapartida é o pagamento do salário do maestro Ira Levin, conforme está registrado no contrato assinado pelo presidente da Associação de Amigos Pró-Orquestra, Guilherme Quintas. Mas, em vez de bancar o valor, a associação conseguiu patrocínio do Banco de Brasília (BRB) para custear os pagamentos ao maestro. No entendimento do MP, essa triangulação contém indícios de irregularidade, já que repassa ao banco ligado ao GDF o compromisso atribuído à entidade sem fins lucrativos.
Manutenção de atividades
A Associação de Amigos Pró-Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro foi criada em 2007 para receber os repasses de emendas e as doações destinadas às atividades da orquestra. Entre 2007 e 2009, recebeu R$ 5,9 milhões, dinheiro destinado a realizar concertos sinfônicos semanais, concertos didáticos e populares, todos dentro do quadro da temporada da orquestra. De acordo com a deputada Eurides Brito, autora das emendas que autorizam os repasses, o dinheiro era destinado aos pagamentos de maestros e solistas convidados e ao programa de apresentações didáticas para estudantes da rede pública, projeto no qual 20 mil alunos são levados ao Teatro Nacional para assistir a concertos matinais.
A atuação da associação, no entanto, é alvo de questionamento. Além do parecer contrário da Procuradoria do Distrito Federal sugerindo a inviabilidade de realização de convênios com a Pró-Amigos, o próprio secretário de Cultura, Silvestre Gorgulho, admite que já foi aconselhado pelo Ministério Público a deixar de lado a associação. "A associação surgiu na tentativa de criar uma entidade que pudesse receber patrocínios", explica Gorgulho. Em 2010, os repasses já não serão mais feitos por meio da Pró-Amigos e sim diretamente na secretaria, mas a prestação de contas de 2008 e 2009 está sendo investigada pelo MP.
Na orquestra, a dúvida é quanto ao destino dado às emendas de Eurides. Gorgulho alega que os R$ 5,9 milhões aprovados para 2008 e 2009 são pouco para manutenção das atividades da orquestra. Como é um órgão público, os salários dos músicos são pagos pelo GDF e não estão incluídos nesses repasses, que seriam dedicados exclusivamente à contratação de solistas e maestros convidados, pagamento de lanche e ônibus aos alunos dos Concertos Didáticos, impressão de material gráfico para as apresentações semanais da orquestra, renovação de repertório, concertos populares e pagamento de cachês de músicos. "Essa orquestra tem um custo muito maior. Começamos a fazer apresentação nas satélites, isso é custo. Quando você tem uma orquestra apenas para tocar na terça-feira, é uma coisa, mas quando você tem uma orquestra que participa mais da vida cultural das cidades, ela tem um custo", diz Gorgulho.
Repasses
Eurides defende que o valor é mínimo diante da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), cujo orçamento chega a R$ 43 milhões. No entanto, a orquestra paulistana não é um órgão público e o orçamento, também mantido com repasses do governo estadual, inclui pagamento dos músicos, manutenção de uma academia de aperfeiçoamento profissional, entre outros.
A Pró-Amigos também é responsável pelo pagamento do salário do maestro, que, segundo Gorgulho, não passaria de R$ 25 mil. Esse valor estaria incluído nas contas da associação como uma contrapartida de patrocínio para o convênio firmado pela Pró-Amigos com o BRB, cujo logotipo aparece estampado nos banners que ornamentam o palco nos concertos semanais. "A associação obteve patrocínio para o maestro através do BRB, tal como ocorre com outras orquestras. O patrocínio foi aprovado em todas as instâncias do banco, que exige relatórios mensais documentando todas as atividades para reavaliação do retorno social", diz Guilherme Eduardo Quintas, presidente da Pró-Amigos de 2007 a 2009.
Ira Levin, genro de Eurides Brito, assumiu a regência da orquestra em janeiro de 2007. Maestro experiente com passagem pela Ópera de Frankfurt e de Bremen, nascido em Chicago (EUA), Levin já foi regente da Orquestra do Teatro Municipal de São Paulo. "O maestro é profissional internacional e casou-se em Nova York com a minha filha. A vinda dele para Brasília se deu a convite do então governador Arruda, que tem um filho que estuda música nos Estados Unidos e assistia muito aos concerto de Ira Levin no Teatro Municipal", diz Eurides, em nota enviada ao Correio. "As intrigas, invejas, ciúmes existem em todos os meios e sempre crescem quando há trocas de governos. Então estamos em momento propício para tal."
O secretário de Cultura lembra que houve um impasse na escolha do maestro durante a troca de governo em 2007. Gorgulho sugerira o maestro Júlio Medaglia, mas um compromisso político impediu a nomeação. "O Arruda me falou 'tenho um compromisso com a Eurides, conheço o genro dela, ele está vindo para Brasília e é um maestro de primeira grandeza e gostaria que fosse ele'", diz o secretário. "Não tem cargo de maestro. Quando ele veio pra cá, criei um cargo de assessor para assuntos artísticos, que era de R$ 5 mil. Ele nem tomou posse porque ainda não tinha visto. Ficou dois, três meses sem receber e encontramos a forma do BRB." O maestro Ira Levin não quis se pronunciar sobre o assunto. (LT)
A "deputada da bolsa"
A distrital Eurides Brito (PMDB) foi um dos três deputados que mais se desgastaram com a Operação Caixa de Pandora. Ela aparece em vídeo gravado pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa guardando dinheiro de origem suspeita em sua bolsa, o que lhe rendeu a pecha de a "deputada da bolsa". Ao se reunir com Durval com o objetivo de apanhar o dinheiro, Eurides tomou o cuidado de trancar a porta da sala onde o ex-secretário costumava distribuir as notas reunidas em maços. Em função do flagrante e da citação no Inquérito nº 650, que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eurides responde a um processo por quebra de decoro parlamentar na Câmara. Diferentemente dos outros dois distritais — Júnior Brunelli e Leonardo Prudente —, que também são filmados recebendo dinheiro, Eurides não renunciou ao mandato. Diz que vai enfrentar o processo até o fim e em entrevistas recentes tem afirmado que o dinheiro teria sido enviado por Joaquim Roriz para ajudá-la a quitar dívidas de campanha. (LT)
domingo, 21 de março de 2010
Maestro Ira Levin critica instrumentista por participar de ópera-bufa que ironiza Eurides Brito
Amigo internauta,
Como membro da Orquestra Panetônica, que tocou na Ópera de Rua "Auto do Pesadelo de Dom Bosco", a notícia abaixo, publicada pelo Correio Braziliense, me afetou profundamente. É o retrato da "democracia" em que vivemos.
Fonte: http://www.correiobr...0/03/20/diversa oearte,i=181020/MAESTRO+IRA+LEVIN+CRITICA+INSTRUMENTISTA+POR+PARTICIPA R+DE+OPERA+BUFA+QUE+IRONIZA+EURIDES+BRITO.shtml
Maestro Ira Levin critica instrumentista por participar de ópera-bufa que ironiza Eurides Brito
Nahima Maciel
Publicação: 20/03/2010 16:36
Acostumado a participar de apresentações da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), o clarinetista Félix Alonso se diz vítima de perseguição política por parte do maestro Ira Levin, regente da orquestra. Alonso alega ter sido dispensado de tocar na sinfônica porque participou da ópera-bufa Auto do pesadelo de Dom Bosco, do maestro Jorge Antunes. A peça, encenada em fevereiro no Conic, é uma sátira com a crise política do Distrito Federal e, entre outros, ironiza a deputada Eurides Brito, sogra do maestro.
Alonso não é funcionário da orquestra, mas costuma completar o quadro de clarinetas e realizar concertos eventuais mediante cachê de R$ 600. Há duas semanas, recebeu telefonema do maestro Levin no qual era dispensado de todas as apresentações com a orquestra deste ano. "Ele me deu uma bronca e disse: 'Você não vai tocar mais uma nota comigo nesta orquestra. Você ia ganhar muito dinheiro este ano, mas não vai ganhar mais'", conta. "Ele estava irritado porque eu tinha tocado numa ópera que estava criticando a sogra dele. Ele disse que não mistura trabalho com política? Mistura, porque se não misturasse permitiria que fosse contratado na orquestra."
O maestro não nega o telefonema, mas afirma que queria apenas dar uma opinião sobre a ópera de Antunes. "Disse a ele que ele não estaria tocando com a orquestra e tomei a liberdade de dar minha opinião pessoal, de artista para artista, sobre o assunto da ópera, algo do qual creio ter direito a dar. Não tem a ver com minha declaração na entrevista (concedida ao Correio na última terça), em que digo: 'Eu separo política e trabalho, não faço parte de nenhum partido'. Há dúzias de músicos que participaram da orquestra em anos passados, que não participarão este ano, e que podem participar ainda se a oportunidade e a necessidade aparecerem", diz Levin.
O maestro destaca ainda que a programação de 2010 está fechada e que suspendeu a participação de Alonso em um concerto em julho porque a apresentação foi cancelada. %u201CEstava considerando não só o Felix, bem como outros clarinetistas, porém foi cancelado por causa de mudanças na programação, pois perdemos um concerto com o adiamento do início da temporada que deveria ter ocorrido em nove de março. Como todos os outros solistas já estavam confirmados, tivemos que adiar o concerto em que não tínhamos certeza de quem seria o solista%u201D, diz Levin.
Decepção
Para Alonso, a decisão do maestro é fruto de perseguição política. "Eu admiro o maestro porque acho que é um bom músico. Mas essa ligação dele me decepcionou demais. Além do mais, como pode dizer que não mistura política com trabalho depois de ter acontecido isso comigo?" O clarinetista está acostumado a tocar com a orquestra brasiliense desde 1997, quando pisou em Brasília pela primeira vez a convite da maestrina Elena Herrera. Cubano, 34 anos, Alonso deixou o país natal para se casar no Brasil. Desde então, deu aulas na Escola de Música de Brasília (EMB) e hoje tem alunos particulares de clarineta e ensina iniciação musical em escolas particulares.
Naturalizado brasileiro, colaborou com a sinfônica da capital em peças como Sinfonia nº 3, de Schumann, Sinfonia nº 7, de Beethoven, e Bachianas brasileiras, de Villa-Lobos. No fim do ano passado, foi convidado por Levin para ensaiar a Sinfonia nº 9, de Mahler. Chegou a participar de dois ensaios para fazer a leitura da peça, meses antes de participar da ópera no Conic. "Sou um simples músico que tocou na ópera, não fiz a ópera, a ópera é do maestro Jorge Antunes, que é meu amigo e isso ninguém pode tirar. Vivo num país livre."
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Como membro da Orquestra Panetônica, que tocou na Ópera de Rua "Auto do Pesadelo de Dom Bosco", a notícia abaixo, publicada pelo Correio Braziliense, me afetou profundamente. É o retrato da "democracia" em que vivemos.
Fonte: http://www.correiobr...0/03/20/diversa oearte,i=181020/MAESTRO+IRA+LEVIN+CRITICA+INSTRUMENTISTA+POR+PARTICIPA R+DE+OPERA+BUFA+QUE+IRONIZA+EURIDES+BRITO.shtml
Maestro Ira Levin critica instrumentista por participar de ópera-bufa que ironiza Eurides Brito
Nahima Maciel
Publicação: 20/03/2010 16:36
Acostumado a participar de apresentações da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS), o clarinetista Félix Alonso se diz vítima de perseguição política por parte do maestro Ira Levin, regente da orquestra. Alonso alega ter sido dispensado de tocar na sinfônica porque participou da ópera-bufa Auto do pesadelo de Dom Bosco, do maestro Jorge Antunes. A peça, encenada em fevereiro no Conic, é uma sátira com a crise política do Distrito Federal e, entre outros, ironiza a deputada Eurides Brito, sogra do maestro.
Alonso não é funcionário da orquestra, mas costuma completar o quadro de clarinetas e realizar concertos eventuais mediante cachê de R$ 600. Há duas semanas, recebeu telefonema do maestro Levin no qual era dispensado de todas as apresentações com a orquestra deste ano. "Ele me deu uma bronca e disse: 'Você não vai tocar mais uma nota comigo nesta orquestra. Você ia ganhar muito dinheiro este ano, mas não vai ganhar mais'", conta. "Ele estava irritado porque eu tinha tocado numa ópera que estava criticando a sogra dele. Ele disse que não mistura trabalho com política? Mistura, porque se não misturasse permitiria que fosse contratado na orquestra."
O maestro não nega o telefonema, mas afirma que queria apenas dar uma opinião sobre a ópera de Antunes. "Disse a ele que ele não estaria tocando com a orquestra e tomei a liberdade de dar minha opinião pessoal, de artista para artista, sobre o assunto da ópera, algo do qual creio ter direito a dar. Não tem a ver com minha declaração na entrevista (concedida ao Correio na última terça), em que digo: 'Eu separo política e trabalho, não faço parte de nenhum partido'. Há dúzias de músicos que participaram da orquestra em anos passados, que não participarão este ano, e que podem participar ainda se a oportunidade e a necessidade aparecerem", diz Levin.
O maestro destaca ainda que a programação de 2010 está fechada e que suspendeu a participação de Alonso em um concerto em julho porque a apresentação foi cancelada. %u201CEstava considerando não só o Felix, bem como outros clarinetistas, porém foi cancelado por causa de mudanças na programação, pois perdemos um concerto com o adiamento do início da temporada que deveria ter ocorrido em nove de março. Como todos os outros solistas já estavam confirmados, tivemos que adiar o concerto em que não tínhamos certeza de quem seria o solista%u201D, diz Levin.
Decepção
Para Alonso, a decisão do maestro é fruto de perseguição política. "Eu admiro o maestro porque acho que é um bom músico. Mas essa ligação dele me decepcionou demais. Além do mais, como pode dizer que não mistura política com trabalho depois de ter acontecido isso comigo?" O clarinetista está acostumado a tocar com a orquestra brasiliense desde 1997, quando pisou em Brasília pela primeira vez a convite da maestrina Elena Herrera. Cubano, 34 anos, Alonso deixou o país natal para se casar no Brasil. Desde então, deu aulas na Escola de Música de Brasília (EMB) e hoje tem alunos particulares de clarineta e ensina iniciação musical em escolas particulares.
Naturalizado brasileiro, colaborou com a sinfônica da capital em peças como Sinfonia nº 3, de Schumann, Sinfonia nº 7, de Beethoven, e Bachianas brasileiras, de Villa-Lobos. No fim do ano passado, foi convidado por Levin para ensaiar a Sinfonia nº 9, de Mahler. Chegou a participar de dois ensaios para fazer a leitura da peça, meses antes de participar da ópera no Conic. "Sou um simples músico que tocou na ópera, não fiz a ópera, a ópera é do maestro Jorge Antunes, que é meu amigo e isso ninguém pode tirar. Vivo num país livre."
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terça-feira, 9 de março de 2010
Nova apresentação do Auto do Pesadelo de Dom Bosco
Na próxima sexta-feira, dia 12 de março, às 16h, haverá nova apresentação da Ópera de Rua de Jorge Antunes. Dessa vez o AUTO DO PESADELO DE DOM BOSCO vai ser apresentado no câmpus da UnB, no estacionamento em frente à Casa do Professor.
Quem perdeu a estreia no dia 20 de fevereiro, terá agora a oportunidade de conferir o espetáculo inovador e audacioso.
Veja o libreto da ópera em:
http://www.americasnet.com.br/antunes/opera-de-rua
O sucesso da estreia no dia 12 de fevereiro foi estrondoso.
A vida imita a arte e alguns dos personagens, condenados na ópera, foram presos na vida real logo em seguida.
O povo filmou algumas das cenas primorosas e divertidas. Veja em:
http://www.youtube.com/watch?v=ezuyaFAFci0&feature=youtube_gdata
http://www.youtube.com/watch?v=x5IhCdzVwLE&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=hnu-impBFdA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=_1Q-TwkNSV8&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=i5Rz5aejXLQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=8Xbzm8mtSBs&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=GcCzaji59uU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=hnu-impBFdA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=fn3qPJwpmvY
http://www.youtube.com/watch?v=_1Q-TwkNSV8&feature=related
SERVIÇO:
Auto do pesadelo de Dom Bosco
Ópera de rua, em um ato, de Jorge Antunes
Câmpus da Universidade de Brasília,
em frente à Casa do Professor
12 de março de 2010, 16 horas
Entrada franca
Classificação etária: livre
Quem perdeu a estreia no dia 20 de fevereiro, terá agora a oportunidade de conferir o espetáculo inovador e audacioso.
Veja o libreto da ópera em:
http://www.americasnet.com.br/antunes/opera-de-rua
O sucesso da estreia no dia 12 de fevereiro foi estrondoso.
A vida imita a arte e alguns dos personagens, condenados na ópera, foram presos na vida real logo em seguida.
O povo filmou algumas das cenas primorosas e divertidas. Veja em:
http://www.youtube.com/watch?v=ezuyaFAFci0&feature=youtube_gdata
http://www.youtube.com/watch?v=x5IhCdzVwLE&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=hnu-impBFdA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=_1Q-TwkNSV8&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=i5Rz5aejXLQ&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=8Xbzm8mtSBs&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=GcCzaji59uU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=hnu-impBFdA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=fn3qPJwpmvY
http://www.youtube.com/watch?v=_1Q-TwkNSV8&feature=related
SERVIÇO:
Auto do pesadelo de Dom Bosco
Ópera de rua, em um ato, de Jorge Antunes
Câmpus da Universidade de Brasília,
em frente à Casa do Professor
12 de março de 2010, 16 horas
Entrada franca
Classificação etária: livre
segunda-feira, 8 de março de 2010
Começou a temporada 2010 da BRAVIO
Amigo internauta,
Nesse sábado, 13 de março, começa a programação 2010 da Associação Brasiliense de Violão (BRAVIO).
Abre a programação um evento que tem como convidados Júlio Cruz (DF) e Júlio Ribeiro (Brasil / EUA).
Vale a pena destacar que Júlio Ribeiro, brasiliense, dá aulas de música nos EUA, e ministrará uma masterclass no encontro. Portanto, pra quem pretende estudar no exterior, essa é uma boa oportunidade de entrar em contato com um professor que leciona na América do Norte.
Mais informações em http://www.bravio.mus.br e no http://bit.ly/cXF42T
Nesse sábado, 13 de março, começa a programação 2010 da Associação Brasiliense de Violão (BRAVIO).
Abre a programação um evento que tem como convidados Júlio Cruz (DF) e Júlio Ribeiro (Brasil / EUA).
Vale a pena destacar que Júlio Ribeiro, brasiliense, dá aulas de música nos EUA, e ministrará uma masterclass no encontro. Portanto, pra quem pretende estudar no exterior, essa é uma boa oportunidade de entrar em contato com um professor que leciona na América do Norte.
Mais informações em http://www.bravio.mus.br e no http://bit.ly/cXF42T
terça-feira, 2 de março de 2010
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