quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Intolerância religiosa


Amigo internauta,

Toda religião põe entre um de seus pilares principais a criação de um "nós" (os quê tem a mesma crença) em oposição a um "eles" (os quê tem outro credo), e que "nós", os bons, abençoados, lindos e maravilhosos, temos direito a perseguir, maltratar, e destruir a vida "deles".

Entre os alvos preferidos, estão justamente aqueles que não têm religião. Cada vez mais ofensivos, alguns religiosos têm se utilizado inclusive de programas jornalísticos para incentivar a violência e a perseguição aos ateus.

Uma campanha da www.atea.org.br visa combater esse preconceito com uma campanha publicitária em ônibus de Porto Alegre e Santa Catarina. A mesma campanha foi impedida de circular em São Paulo. Uma das peças publicitárias pode ser vista acima.

Um dos pontos importantes da ATEA é pedir que os ateus, agnósticos e sem religião "saiam do armário". Para a associação, a falta de visibilidade desses grupos o tornam alvos fáceis da intolerância.

Concordo com essa posição da associação, e torno pública a opinião que várias pessoas próximas a mim já conhecem. Não tenho religião. Mais que isso, acredito que a religião deveria acabar, tanto pela criação de "nós"x"eles", quanto por ter também entre um de seus pilares que algumas pessoas são mais "abençoadas", "evoluídas", "próximas de deus", que outras - o quê permite não apenas criar uma hierarquia na sociedade, mas uma hierarquia criada por humanos mas justificada por divindades, portanto inquestionável, imutável e infalível.

Sobre minha posição religiosa propriamente dita, sou agnóstico. Acredito que o ser humano, em especial a mente humana, é incapaz de compreender o mundo metafísico. Quando tenta fazê-lo, cria mitos que tendem a afastar os humanos de possíveis divindades, porque as pessoas passam a discutir não as divindades em si, mas os mitos e, principalmente, todo o mecanismo de controle comportamental necessário para que os mitos pareçam fazer algum sentido.

Se você é agnóstico ou ateu, saia do armário e manifeste sua posição. Se você tem alguma religião, respeite quem tem uma opinião diferente.


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