terça-feira, 11 de agosto de 2015

Corrupção como Modelo de Negócio

Têm ficado claro que no Brasil a corrupção não é uma falha do sistema, é parte do sistema. As grandes empresas incluem no seu plano de negócios o pagamento a servidores públicos, políticos e partidos para obter favores para si e complicações para seus concorrentes.

É assim que a democracia, um governo do povo e para o povo, se transforma num governo das empresas e para as empresas. Naturalmente, das empresas que pagam.

Ajuda pouco apenas punir quem pegou o dinheiro. Se o corrupto sai da cadeira, outro entra em seu lugar. Mesmo que o novo ocupante tenha ética, o governo é grande, e há outra porta pra bater. Em algum momento alguém aceita uma propina e o ciclo continua.

Por sua vez, quantas empresas conseguem encher uma mala de dinheiro? O número é pequeno. Portanto, é fundamental interromper esse fluxo na origem, e punir severamente os empresários e as empresas que geram a corrupção.

Os meios de comunicação de massa, grandes conglomerados com o desejo de comprar facilidades, têm criado medo na população para justificar uma impunidade generalizada às empresas corruptas. Desemprego e diminuição da atividade econômica estão entre os principais argumentos para justificar que as malas devam continuar sendo recheadas de dinheiro. Ora, em cada setor há também médias e pequenas empresas que não conseguem progredir porque os grandes pagam para que as micro e médias empresas encontrem todo tipo de obstáculo. Destruindo as empresas corruptoras, após um tempo de ajuste dominarão o mercado outras empresas. As que crescerem estarão atentas ao fato que poderão fechar as portas se incluir o pagamento de propina no seu plano de negócio.

Precisamos que o Brasil seja uma democracia de fato, e que o poder do povo seja maior que o das empresas.


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