Amigo internauta,
Se no passado a humanidade teve como desafios políticos o fim da monarquia e a criação do Estado de Direito, no presente os desafios continuam. Os grandes desafios políticos do século XXI envolvem o Poder Judiciário e a Democracia Representativa.
No mundo todo, o Poder Judiciário é um ambiente de conflito social no qual o mais rico sempre vence. São exceções as oportunidades nas quais a parte que melhor seguiu a lei, ou a que age mais de acordo com as regras, ganha a causa. E, quando ganha, descobre que o maior vitorioso de um processo judicial é o advogado.
No Brasil, em particular, é preciso que a Proclamação da República chegue às Cortes de Justiça. Até no cotidiano mais básico, como a forma de falar e o ritual maçônico-monárquico das sessões, a Justiça Brasileira se distancia do cidadão.
Embora penoso, ao menos sabemos como resolver esse desafio. O desafio da Democracia Representativa, por sua vez, ainda estamos descobrindo como resolver. O mundo ainda está experimentando como resolver a crise de representatividade que mobilizou os espanhóis, suecos, franceses, estadosunidenses e brasileiros.
Os políticos brasileiros costumam tratar seus mandatos como um período em que têm "carta branca" para fazer qualquer coisa que inventam da cabeça, apenas porque foram eleitos. Se as ideias estão de acordo com seus eleitores ou não, isso é apenas um detalhe. É preciso colocar freios à essa postura.
Hoje, temos como alternativa a participação direta do cidadão em Conselhos e Conferências. Em geral organizados por tema e/ou território, eles permitem ao cidadão comum se envolver na construção de políticas públicas que dizem direito à sua própria vida.
Essas alternativas ainda não são suficientes para resolver a crise mundial da Democracia Representativa mas, como ainda não temos modelos de solução, são ambientes de experimentação e de construção de uma possibilidade de superar os defeitos da democracia moderna, mantendo suas qualidades.
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