Amigo internauta,
Em matéria da Folha de São Paulo, que pode ser lida parcialmente em http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u494506.shtml , comenta-se de uma pesquisa feita pela faculdade Ibmec de São Paulo que prova que maior investimento em educação não altera significantemente os resultados dos alunos. As únicas iniciativas que necessariamente levariam a melhores índices são aumento da carga horária e um corpo docente com maior formação acadêmica.
Na matéria completa, disponível apenas para assinantes UOL e da Folha, alguns especialistas refutam o resultado da pesquisa, com comentários óbvios. Duas frases valem a pena ser citadas na íntegra. O coordenador da pós-graduação em educação da USP, Romualdo Portela, falando da necessidade de o país atrair os adolescentes mais bem preparados do ensino médio para o magistério, falou que "a atratividade implica em maiores gastos, tanto presentes quanto futuros, pois será necessária mudança nos planos de carreira para possibilitar a retenção dos bons profissionais no futuro". Claro, se a qualidade do corpo docente faz diferente, e você quer um professor de escola pública tão inteligente quanto um advogado, é preciso que um professor ganhe um salário equivalente a um advogado.
Outro comentário óbvio foi do ex-diretor do Inep (instituto de pesquisas do MEC) e professor da USP de Ribeirão Preto, José Marcelino Rezende Pinto: "até uma porta sabe que dinheiro faz diferença, mas tem de ser um gasto significativo". Como exemplo, a reportagem comenta que os Cefets, escolas que estão entre as mais bem avaliadas nos rankings do Enem, têm um custo por aluno quatro vezes maior que o restante da rede pública.
Como, então, a faculdade Ibmec conseguiu a proeza de provar um absurdo desses, que investir mais em educação não traz nenhum resultado? Consegue encontrar uma explicação, amigo internauta?
Aliás, só eu nunca tinha ouvido falar nessa faculdade antes? No http://www.ibmecsp.edu.br/ descubro que essa faculdade particular tem apenas dois cursos de graduação (administração e economia), 150 alunos ingressa a cada semestre e ela possui apenas quatro professores titulares.
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